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sexta-feira, março 08, 2013

Deixo aqui os meus pedaços, sim...eu me joguei de cabeça e estou em pedaços, alguns deles infelizmente não voltarão para o lugar, se perderam...
Um dia eu achei que seria impossível encontrar o melhor de mim novamente, estava enganada...eu encontrei, por pouco tempo, mas encontrei.
Perdi o sono, a fome, meus lábios só queriam sorrir, meu corpo só queria amar, meu coração ganhou um pouco mais de vida...

Agora morri!

Medo de amar? Parece absurdo, com tantos outros medos que temos que enfrentar: medo da violência, medo da inadimplência, e a não menos temida solidão, que é o que nos faz buscar relacionamentos. Mas absurdo ou não, o medo de amar se instala entre as nossas vértebras e a gente sabe por quê.

O amor, tão nobre, tão denso, tão intenso, acaba. Rasga a gente por dentro, faz um corte profundo que vai do peito até a virilha, o amor se encerra bruscamente porque de repente uma terceira pessoa surgiu ou simplesmente porque não há mais interesse ou atração, sei lá, vá saber o que interrompe um sentimento, é mistério indecifrável. Mas o amor termina, mal-agradecido, termina, e termina só de um lado, nunca se encerra em dois corações ao mesmo tempo, desacelera um antes do outro, e vai um pouco de dor pra cada canto. Dói em quem tomou a iniciativa de romper, porque romper não é fácil, quebrar rotinas é sempre traumático. Além do amor existe a amizade que permanece e a presença com que se acostuma, romper um amor não é bobagem, é fato de grande responsabilidade, é uma ferida que se abre no corpo do outro, no afeto do outro, e em si próprio, ainda que com menos gravidade.

E ter o amor rejeitado, nem se fala, é fratura exposta, definhamos em público, encolhemos a alma, quase desejamos uma violência qualquer vinda da rua para esquecermos dessa violência vinda do tempo gasto e vivido, esse assalto em que nos roubaram tudo, o amor e o que vem com ele, confiança e estabilidade. Sem o amor, nada resta, a crença se desfaz, o romantismo perde o sentido, músicas idiotas nos fazem chorar dentro do carro.

Passa a dor do amor, vem a trégua, o coração limpo de novo, os olhos novamente secos, a boca vazia. Nada de bom está acontecendo, mas também nada de ruim. Um novo amor? Nem pensar. Medo, respondemos.

Que corajosos somos nós, que apesar de um medo tão justificado, amamos outra vez e todas as vezes que o amor nos chama, fingindo um pouco de resistência mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo. Martha Medeiros

quarta-feira, junho 27, 2012

Cérebro com o cão!
Desejos, suores e salivas...Fluídos alvoroçados de ardor de nossos corpos quando eles se encontrarem.
No meu pensamento eu já pequei. A minha alma está cheia de desejos e lembranças já consumadas, já reais, de tudo o que não aconteceu (e talvez nunca aconteça). Os pactos foram violados e as roupas foram arrancadas de seu corpo e jogadas pelo chão, enroscando-se nos meus caninos. Eu vi seu corpo contorcendo-se, suas unhas cravadas no lençol, sentindo calafrios, quando foi castigada com carícias infernais da minha língua profana.
E na presença de nossos corpos nus enroscados, eu revelei meus gênios ocultos. Aqueles que ficam camuflados, escondidos por trás dos meus óculos e da minha forma casual de me vestir. Um ser escondido dentro do pacato cidadão...O com o meu corpo trêmulo e sedento, louco de prazer orquestrei seu corpo para satisfazer-nos com coisas que eu nem sei expressar em sã consciência. Intenso, real e imoral.
E como os corpos já saciados, já maculados, já explorados, só nos sobraram às bocas entreabertas que denunciaram com um sorriso discreto de que foi muito bom, que queremos mais...
Malditos sejam meus pensamentos cruéis...Pensamento que tem gosto, sons, cheiros e que roubam meus sentidos com grande freqüência e facilidade nessas tardes de inverno em São Paulo.
Meu cérebro atormentado não quer aquietar-se...Ele quer fabricar cenas, palavras, gemidos guturais. Nas madrugadas, nos meus sonhos.

domingo, junho 24, 2012


Como uma gata, ela se espreguiça devagar, se move lentamente numa dança satisfeita...
É dia, o Sol entra pelas frestas da janela, a luz incomoda seus olhos, seu corpo experimenta a sensação de calor, que a sufoca, faz faltar o ar...é preciso respirar, voltar ao centro, colocar os pés bem fincados no chão e caminhar sem olhar para trás...o efeito é lento, inodoro e indolor...durma meu amor, durma...

I put on spell on you, baby!


quinta-feira, março 29, 2012

Como não sucumbir diante de tantas urgências?
Como conter o furor de uma vida a tanto tempo reprimida?
Como aprender a viver o agora sem se auto-destruir?

Eu desejei a liberdade mais que tudo e hoje, após minha confusão em vivê-la, acredito que finalmente começo a entender o que ela realmente significa, que até para ser livre é preciso ter limites...
Nessa busca, eu me machuquei, me arrisquei a perder, me boicotei inconscientemente, felizmente abri meus olhos a tempo de entender que minha almejada liberdade está ligada à realização dos meus sonhos e que abrir mão de certos desejos é necessário e saudável para chegar aos meus objetivos.
Precisei buscar no meu esconderijo mais profundo a energia que eu guardei tão bem que havia esquecido que estava lá, aos poucos deixo os " por ques " para trás e vivo minhas novas perguntas  " para que? " , " como ?", necessito seguir minha intuição, parar de seguir impulsos malucos que podem destruir meus planos.
Gosto de descrever minhas mudanças internas aqui, isso me ajuda a pensar, a relembrar do que faz bem e do que faz mal, hoje quero deixar registrado que passei a viver somente o agora, que olhar para trás só se for para mandar um beijo, que é preciso ficar com água na boca, o corpo rejuvenesce, a mente agradece, já me perdoei e consigo ver com clareza o que me deixa em paz, estou tentando seguir, por mim, pois como já dizia Renato " disciplina é liberdade "...







quarta-feira, março 21, 2012

Eu escolhi viver as minhas vontades, faço as minhas escolhas e sei muito bem que para ser quem sou tenho um preço a pagar, como todos nós, a diferença é que estou num patamar no qual já posso me dar ao luxo de pagar esse preço.
Levanto todos os dias, agradeço por respirar, pela minha vida, me olho no espelho e digo a mim mesma o quanto me amo, o quanto mereço tudo de bom, o quanto desejo minha felicidade e o quanto mereço ser feliz.
Não sou uma mulher fácil de lidar, muito menos agrado a todos, mas tenho aprendido a duras penas a me perdoar, a ter o direito de ter raiva, de ter orgulho, de não estar de bom humor todos os dias, de afastar quem não me acrescenta, de não me criticar e me julgar por nada, eu aceito os meus erros e por isso tenho conquistas.
Não adianta vir com críticas sobre quem sou, sobre meu cárater, não adianta dizer que o que faço é errado e não sou boa o suficiente, o julgamento é seu, a opinião é sua, quem está preso a idéias retrógadas é você.
Portanto, ao dizer algo sobre mim, olhe para você, mas olhe de verdade, sem medo...repare bem no que está errado, e por ter certeza tem algo errado. Sinto muito por sua infelicidade!
É isso.

terça-feira, janeiro 31, 2012

A rosa negra

Ele anda pela escuridão, escolheu assim, se apega num monstro e sofre as consequências, faz os seus sofrerem, terem medo, afasta o amor por opção, sua fraqueza não deixa ele seguir adiante, mesmo que tenha vontade.
Um dia ele quer ser feliz, no outro ele quer curtir mais uma noite, no outro ele quer morrer, sente-se só, talvez esteja mesmo, sozinho num mundo sombrio, livre para ir e vir, mas preso aos seus fantasmas, acorrentado com um escravo das trevas, precisa alimentar o que vou chamar aqui de " rosa negra ".
Seu mundo tem cheiro de álcool, as nuvens que vê são de fumaça preta, suas rosas negras ele carrega nas mãos, como um símbolo da sua tristeza.
Certo dia ela viu lampejos de luz em seus olhos, o viu querer escalar as paredes do poço fundo e seco onde ele mora, quis acreditar que ele conseguiria, viu suas mãos calejadas pelo esforço, viu sua alma sangrar por ter que escolher e ele escolheu...decidiu-se pelo torpor, optou por jogar fora a luz que lhe foi oferecida, a correr dos braços que lhe foram abertos...
Hoje vejo que ela sofre por sua dor, sofre por sua ausência, mas sei também que não quer pular do último andar com ele, afinal o livre arbítrio é um presente dado por Deus e Ele dá a todos sem exceção.
Que Deus abençõe os que vivem na escuridão, que um dia sejam capazes de estar entre flores de todas as cores.

quinta-feira, janeiro 26, 2012

É bom saber que tenho essa casa, é meio que meu refúgio, as vezes não quero ser entendida, muito menos ouvir opiniões, aí eu venho aqui ser ouvinte de mim mesma, das minhas histórias, gosto do silêncio, preciso dele...
Eu chego, tomo um longo banho, me enfio num roupão fofinho, como se fosse um abraço meu em mim, tenho me perdoado, mostrado meus defeitos sem medo, hoje sei que eles fazem parte mas jamais serão minha imagem,não tinha idéia do quanto sentia falta do meu carinho, do quanto precisava de mim.
Ainda estou procurando o meio termo, pque conheço uma personalidade selvagem, sensual, despudorada, sempre querendo o novo, experimentar coisas, pessoas, comidas, lugares, sempre intensa, explorando até o fundo, tão fundo que se não se controlar pode ficar por lá mesmo, agarrada aos vícios, atormentada pelos demônios dos excessos, sem forças para escalar as paredes do abismo...por outro lado existe alguém serena, que se contenta com a companhia dos seus livros, seus filmes, seus pensamentos, alguém que dorme tranquila numa nuvem branca, que gosta do Sol e tem vontade de ter uma horta, que deseja morar na praia e fugir do barulho...existem duas,uma alimenta a outra, procuram viver em paz, mas tem gostos completamente diferentes...noite e dia, vermelho e azul, verão e outono, meninas e meninos, álcool e saladinhas, sexo e amor...existe uma disputa, o equílibrio virá no dia em que pararem de lutar, nessa história eu sou a expectadora, a juíza, estamos em fase de conciliação.


quarta-feira, dezembro 07, 2011

A cautela dos espíritos livres

Os homens de espírito livre, que vivem só para o conhecimento, em breve acharão ter alcançado a sua definitiva posição relativamente à sociedade e ao Estado e, por exemplo, dar-se-ão de bom grado por satisfeitos com um pequeno emprego ou com uma fortuna que chega à justa para viver; pois arranjar-se-ão para viver de maneira que uma grande transformação dos bens materiais, até mesmo um derrube da ordem política, não deite também abaixo a sua vida. Em todas essas coisas eles gastam a menor energia possível, de modo a poderem imergir, com todas as forças reunidas e, por assim dizer, com um grande fôlego, no elemento do conhecimento. Podem, assim, ter esperança de mergulhar profundamente e também de, talvez, verem bem até ao fundo.
De um dado acontecimento, um tal espírito pegará de bom grado só numa ponta: ele não gosta das coisas em toda a sua amplitude e superabundância das suas pregas, pois não se quer emaranhar nelas. Também ele conhece os dias de semana da falta de liberdade, da dependência, da servidão. Mas, de tempos a tempos, tem de lhe aparecer um domingo de liberdade, senão ele não suportará a vida. É provável que mesmo o seu amor pelos seres humanos seja cauteloso e com pouco fôlego, pois ele só quer meter-se no mundo das invejas e da cegueira na medida em que isso seja necessário à finalidade do conhecimento. Tem de confiar em que o gênio da justiça dirá alguma coisa em favor do seu discípulo e protegido, se vozes acusadoras lhe vierem a chamar pobre de amor. Há na sua maneira de viver e de pensar um heroísmo refinado, que desdenha oferecer-se à grande veneração das massas, como o faz o seu irmão mais grosseiro, e que costuma andar pelo mundo e sair do mundo em silêncio. Sejam quais forem os labirintos que ele percorra, sejam quais forem os rochedos, por entre os quais a sua corrente tenha, de vez em quando, aberto passagem penosamente... assim que chega à luz, segue o seu curso, límpido, leve e quase sem ruído, e deixa brincar os raios do Sol até ao fundo do seu leito.

Friedrich Nietzsche, in 'Humano, Demasiado Humano'

segunda-feira, dezembro 05, 2011



Eu tenho mania de ser livre, sigo sempre esse meu coração maluco, sempre acabo fazendo o que acho correto, o que sinto, e o que sinto as vezes complica minha vida, que eu demorei para colocar em ordem, e nem gosto de tudo tão certinho, mas preciso...
É como um quebra-cabeças de mil peças que você demora um tempão para montar, de repente alguém esbarra na mesa e pronto...tem que começar a metade, um pedacinho ou tudo de novo...
Fiquei lá te admirando, ouvindo suas piadas infantis, sua voz rouca, seu olhar disfarçado, sua risada pretensiosa lendo meus bilhetes, meus pensamentos bobos, eu queria entrar na sua brincadeira, fazer parte do seu show, te mostrar que naquele momento podíamos ser iguais e que eu poderia roubar seus pensamentos, porque sei que gosta do melhor, que gosta do belo, do diferente, que odeia que te ofusquem, mas adora tudo que brilha...eu só precisava confirmar, porque conheço os meus, esses espíritos livres que andam por aí, desmontando o quebra-cabeças dos outros...puro atrevimento!
Meu bem, seu arrepio não me é estranho, você só me deixou entrar porque eu sei abrir as suas portas, sei entrar pelas frestas, sei controlar a gula, dar uma mordida só, eu pulo do muro mais alto, mas aprendi a cair...como um gato, que rouba sorrateiramente seu sustento e foge pela escuridão...
No passado eu teria medo, agora, tenho juízo...não ultrapasso meu limite, vou te encher de elogios, vou te tratar muito bem, tão bem que você vai pedir sempre um pouco mais, sempre mais um pedaço, sempre mais um trago, sempre mais um gole...
Não tenha medo jamais, a distância não significa perda, não seja egoísta em querer sempre todos ao seu lado, eles criam asas, voam para longe, como um dia eu também vou voar, agradeça...não deixe sua oportunidade passar por apego às coisas velhas, antigas, o conforto nem sempre significa felicidade, mostre o seu lado mais escondido, não dói tanto assim...

quarta-feira, outubro 05, 2011


Eu não quero mudar, não desejo parar de falar o que penso, de sentir do meu jeito, de amar sem limites e sem pudores.
Eu não quero ter que fingir que gostei, muito menos sorrir quando quero chorar.
Prefiro ter cinco ou seis amigos de verdade, do que me sentir sozinha rodeada de gente.
Não quero falar as gírias de hoje, nem vestir o que a moda manda, quero ser sempre eu, com meu português certinho, minhas roupas básicas, meus costumes fáceis...
As coisas importantes pra mim são meus valores, minhas mudanças internas, quero ser mais generosa, ter mais energia, ser mais leve, menos gritos, menos stress...aprender mais, ensinar mais, ajudar a quem precisa...
Não tenho medo de envelhecer, tenho medo de emburrecer, de perder a vontade de querer mais, a vontade de chorar de emoção, se isso acabar sei que vou murchar...
Não desejo milhões, quero ver os olhos dela brilharem de alegria, quero vê-la dormir tranquila, quero deitar ao seu lado em paz, sem me preocupar com nada...
Eu quero continuar livre dos preconceitos burros, das falsas aparências, das caras e bocas...
Nasci para ser, não para copiar, ficar tentando...as idéias são minhas, hoje não me importo que façam igual, me lisonjeio.
Não ligo mais que me chamem disso ou daquilo, eu estou sempre com o coração leve, como se flutuasse numa nuvenzinha que só eu consigo ver.
Não me escondo mais, o que eu não quero que saibam, simplesmente não conto pra ninguém, guardo pra mim...
Esse lugar eu quis dividir, por isso vou mantê-lo aqui, por mim, apenas por mim.
Puxem um banquinho e fiquem a vontade! Se vierem de coração aberto, desejo ótimas vibrações e se for o contrário, idem!

quinta-feira, setembro 22, 2011


Quando eu soube que você viria, tive medo...achei que ela não aguentaria te receber, que morreria, felizmente um engano, você chegou e continuamos todos vivos.
Eu te olhei, você mal se mexia, era frágil, tão pequena que me fez chorar, pedia proteção...nem sabia se ela poderia te dar, afinal parecia mais uma criança perdida, do que uma nova mãe...
Hoje, te vendo mulher, não consigo imaginar a vida sem a sua existência, queria que soubesse disso.

terça-feira, setembro 13, 2011

" Eu não sei dançar tão devagar pra te acompanhar..."